O EGFR (Epidermal Growth Factor Receptor) é um membro da família
de receptores EGF. A família do fator crescimento epidermal (EFG) é formada por quatro
receptores de tirosina quinase (RTKs): EGFR (HER1/ErbB1), HER2/neu (ErbB2),
HER3 (ErbB3) e HER4 (ErbB4). Todos os membros da família possuem um domínio
extracelular que contém um local específico de ligação (ligante), uma região
transmembrana e um domínio citoplasmático com atividade
“tirosina-quinase”.
A ativação dos receptores via ligante leva a uma dimerização e ativação
da via intrínseca da proteína tirosina quinase resultando na fosforilação da
porção tirosina quinase. Esses eventos resultam na fosforilação de vários
substratos intracelulares e na ativação de cascatas sinalizadoras
intracelulares, que influencia a proliferação celular, angiogênese, invasão e
metástase. O aumento da expressão ou da atividade do EGFR tem sido amplamente
pesquisado em vários tipos de câncer, incluindo de células
de escamosas de cabeça e pescoço, pulmão, colorretal e mama.
Intensos esforços têm sido
feitos para inibir a atividade do EGFR e HER2 utilizando anticorpos que impeçam
a ligação ao domínio ligante (Cetuximab, panitumumab e trastuzumab) ou contra
ás moléculas do domínio de tirosina quinase (erlotinib, gefitinib e lapatinib)
como forma de tratamento. No entanto, evidências sugerem que a maioria dos tumores não responde
bem ao tratamento, e os que inicialmente respondem bem, depois de um tempo
tornam-se resistentes. Vários grupos de pesquisa tem tentado elucidar os mecanismos
de resistência ao tratamento anti-EGFR. Evidências mostram uma nova via de
ativação do EGFR, no qual ativa a translocação nuclear do EGFR e
consequentemente a expressão gênica e outros processos celulares. Esta via de
sinalização é bem distinta da tradicional via do EGFR, que envolve a transdução
de sinais mitogênicos através da ativação de múltiplas cascatas de sinalização.
O EGFR da superfície celular é translocado para o núcleo através de uma via
retrógada do complexo de golgi para o retículo endoplasmático e o EGFR é
translocado da interface núcleo membrana através da via da INTERNET (Integral
Trafficking from the ER to the Nuclear Envelope Transport).
Espera-se que o esforço em
elucidar os mecanismos de translocação nuclear do EGFR resulte na melhoria do
tratamento anti-EGFR de tumores agressivos que exibem resistência aos tratamentos convencionais.
Neste link aqui você pode acessar nossa publicação sobre a localização nuclear do EGFR em ameloblastomas.
Neste link aqui você pode acessar nossa publicação sobre a localização nuclear do EGFR em ameloblastomas.
Assista ao vídeo abaixo e saiba mais sobre a via do EGFR:
Referências:
1) Kruser TJ, Wheeler
DL. Mechanisms of resistance to HER family targeting antibodies. Exp Cell Res.
2010
2) Lo HW, Hung MC. Nuclear EGFR signalling network in cancers:
linking EGFR pathway to cell cycle progression, nitric oxide pathway and patient
survival. Br J Cancer. 2007.
3) Seshacharyulu P, Ponnusamy
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in cancer therapy. Expert Opin Ther Targets. 2012
4) Wang YN, Yamaguchi H, Hsu JM, Hung MC. Nuclear trafficking
of the epidermal growth factor receptor family membrane proteins. Oncogene.
2010