Assista a esta ótima revisão para estudantes e também para clínicos!
7 de novembro de 2012
12 de agosto de 2012
Academia Brasileira de Ciências - Resultado do Prêmio ABC / L'Oreal / Unesco Para Mulheres na Ciência
Muito orgulhosa de representar as mulheres na ciência! Obrigada a todos do laboratório PatoMol! Vocês fazem parte desta conquista.
Veja o resultado no site da Academia Brasileira de Ciências clicando aqui.
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16 de julho de 2012
Conheça alguns dos trabalhos realizados pelos pesquisadores de mestrado, doutorado e iniciação científica do Lab Patomol
*Todos os projetos são financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES e Fundação de Amparo á Pesquisa de Minas Gerais-FAPEMIG
EFEITOS
DA RADIAÇÃO EMITIDA PELOS APARELHOS DE TELEFONE CELULAR NAS GLÂNDULAS PARÓTIDAS
Pesquisadores envolvidos: Fabrício
Tinôco Alvim de Souza (doutorado), Ricardo Santiago Gomez (orientador), Carolina
Cavaliéri Gomes (co-orientadora), Jeane de Fátima Correia-Silva
(co-orientadora)
A radiação emitida por telefones celulares tem gerado grande discussão como possível fator carcinogênico para as glândulas parótidas. Na literatura existem trabalhos com resultados controversos até o presente momento sobre este assunto. Esta pesquisa visa avaliar os efeitos do uso do telefone celular nas glândulas parótidas. Serão avaliados acadêmicos do curso de odontologia que foram previamente selecionados através de um questionário e agrupados entre os que usavam diariamente e por maior período o telefone celular. Serão investigados os efeitos da radiação emitida pelos telefones celulares sobre genes relacionados ao ciclo celular. Os resultados deste estudo ajudarão elucidar os eventos relacionados ao uso de telefones celulares sobre as glândulas parótidas.
ANÁLISE
DO GENE PRKAR1A EM TUMORES
ODONTOGÊNICOS
Pesquisadores envolvidos: Sílvia
Ferreira de Sousa (doutorado); Vanessa Fátima Bernardes (pos-doutorado);
Carolina Cavaliéri Gomes (orientadora)
Os tumores odontogênicos compreendem um
grupo de lesões raras que derivam dos tecidos que formam os dentes. O gene
PRKAR1A codifica a subunidade regulatória RI-α da proteína kinase A (PKA) e
está envolvido no controle da proliferação celular e diferenciação O estudo de
Perdigão et al. (2005) demonstrou a participação da alteração molecular do
PRKAR1A na patogênese do mixoma odontogênico, no entanto, até o momento, nenhum
estudo investigou alterações do gene PRKAR1A em outros tumores odontogênicos,
sejam eles ectomesenquimais, mistos ou epiteliais. Objetivo: O objetivo deste
estudo é investigar alterações no gene PRKAR1A em tumores odontogênicos.
Metodologia: Pacientes da Clínica de Patologia e Semiologia Odontológicas da
Faculdade de Odontologia da UFMG com diagnóstico de tumor odontogênico serão
convidados a participar deste estudo. Serão coletadas amostras de tumores
odontogênicos obtidas após biópsia incisional ou excisional. As amostras
coletadas serão processadas e analisadas para a avaliação de parâmetros
moleculares. Serão investigadas nas amostras alteração do PRKAR1A em nível de
DNA, RNA mensageiro e expressão protéica. Será realizado estudo de perda de
heterozigosidade da região do gene para 5 marcadores microsatélites, análise
imunoistoquímica da subunidade R1-α da PKA, análise da expressão gênica por PCR
quantitativo em tempo real e presença de mutações no gene PRKAR1A por
sequenciamento direto dos éxons.
A via PKA/cAMP está envolvida no
controle do metabolismo, proliferação celular, diferenciação e apoptose. Quando
o gene PRKAR1A está alterado, ocorre um aumento na transcrição dos genes
responsáveis pela proliferação celular.
INVESTIGAÇÃO
DA PERDA DE HETEROZIGOSIDADE DE GENES SUPRESSORES DE TUMOR EM NEUROMA
ENCAPSULADO EM PALIÇADA
Pesquisadores envolvidos: Leonardo
Nogueira Rodrigues (iniciação científica), Clarice Ferreira Galvão (mestrado), Carolina
Cavaliéri Gomes (co-orientadora), Ricardo Santiago Gomez (orientador)
O neuroma encapsulado em paliçada é uma
lesão reacional com etiologia incerta que acomete frequentemente a região da
face, pescoço e mucosa oral de indivíduos adultos entre a 5ª e 7ª década de
vida, sem predileção por sexo. Clinicamente a lesão é bem circunscrita, séssil,
com um tamanho de 2 a 3 mm, firme, solitária e assintomática.
Histopatologicamente a lesão é frequentemente encapsulada, embora a cápsula
possa ser incompleta. O objetivo deste trabalho é avaliar a perda de
heterozigosidade (Loss of Heterozygosity- LOH) em regiões de microssatélites
próximas a genes supressores de tumor através da análise de DNA, normal e
tumoral, das amostras selecionadas. Para isso, será selecionado um painel de
marcadores para regiões supressoras de tumor e DNA será extraído e amplificado
através da reação em cadeia da polimerase (Polymerase chain reaction- PCR). Os
produtos de PCR amplificados serão revelados em gel de poliacrilamida a 8% e
posteriormente analisados por eletroforese capilar no equipamento ABI-PRISM 310
(Applied Biosystems, Foster City, CA, USA).
LOH é considerada quando um alelo (pico) na amostra de tumor for menor
em mais do que 50% quando comprado com a amostra normal. A LOH é calculada
baseando-se no valor da altura do alelo 1 sobre a altura do alelo 2 nas
amostras de tecido normal, dividido pela
altura do alelo 1 sobre a altura do alelo 2 nas amostras de tecido tumoral(VAN HOUTEN et al.,
2000). Os resultados que apresentarem valores <0,5 ou > 2 serão
considerados LOH.
INFUÊNCIA
DE MECANISMOS EPIGENÉTICOS SOBRE O GENE INF-ϒ NAS LESÕES DE GRANULOMA
PERIAPICAL E CISTO RADICULAR
Pesquisadores envolvidos: Kelma Campos
(doutorado), Ricardo Santiago Gomez (orientador)
O Granuloma Periapical e o Cisto
Radicular são lesões inflamatórias crônicas formadas em resposta à necrose do
tecido pulpar e visam conter a disseminação dos microrganismos para região
periapical, sendo detectadas, radiograficamente, pela formação de uma área
radiolúcida próxima ao ápice radicular do dente afetado que caracteriza a perda
óssea na região, estimulada pela ação de determinadas citocinas. O objetivo do
nosso estudo é avaliar a expressão do Interferon Gamma nas lesões de Granuloma
Dentário e Cisto Radicular, além da possível influência da Metilação e de
microRNAs 146a e 155 sobre a expressão deste gene. As lesões periapicais
coletadas serão submetidas ao exame histopatológico e após a extração do DNA
será realizado a Methylaton-specific polymerase chain reaction (MSP) para
verificar o padrão de Metilação. A expressão do mRNA do Interferon Gamma e dos
microRNAs 146a e 155 será analisada
através do Quantitative Polymerase chain reactions (qPCR) usando o RNA isolado
de parte das amostras coletadas e a expressão da proteína Interferon Gamma será
verificada através da Imunoistoquímica.
ESTUDO DA PERDA DE HETEROZIGOSIDADE EM
QUEILITE ACTÍNICA E CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS DE LÁBIO
Pesquisadores envolvidos: Gefter Thiago
Batista Correa (doutorado), Lissur Azevedo Orsine (iniciação científica), Vanessa
Fátima Bernardes (co-orientadora), Carolina Cavaliéri Gomes (orientadora)
O lábio é considerado uma região de
frequente desenvolvimento de carcinoma, correspondendo a 30% dos carcinomas de
cavidade oral e 2.06% de todas as neoplasias humanas. Embora vários estudos venham sido feitos no
intuito de elucidar a patogênese do carcinoma de células escamosas de lábio
(CCEL), os mecanismos moleculares envolvidos na ocorrência do CCEL necessitam
ser melhor elucidados. A Queilite actínica é uma lesão cancerizável do lábio
que apresenta fatores etiológicos e clínicos semelhantes aos do CCEL, (ABREU et al.,
2006). Como as alterações
moleculares do CCEL e da queilite actínica ainda não estão bem descritas, o
objetivo do presente estudo é investigar em CCEL e queilite actínica a perda de
heterozigosidade em regiões genômicas que previamente demonstraram alta
frequência de perda alélica em uma ampla gama de neoplasias epiteliais
malignas, incluindo o carcinoma de células escamosas intra-oral. Pretende-se
neste estudo verificar se a LOH nas regiões estudadas são eventos frequentes no
CCEL e se a queilite actínica compartilha das mesmas alterações moleculares do
CCEL. Pretende-se ainda investigar a associação entre a LOH em locus
específicos e fatores prognósticos específicos do CCEL, como o tamanho do
tumor, presença de metástase regional e tempo de sobrevida livre de doença. Os
resultados obtidos serão analisados e divulgados em forma de artigo científico
e apresentação em eventos científicos.
AÇÃO
FARMACOLÓGICA DAS ω-TOXINAS
DA FRAÇÃO TX3 OBTIDA DO
VENENO DA ARANHA PHONEUTRIA NIGRIVENTER
NA VIA NOCICEPTIVA TRIGEMINAL
Pesquisadores envolvidos: Elizete Maria
Rita Pereira (doutorado), Marcus Vinicius Gomez (orientador), Ricardo Santiago
Gomez (co-orientador)
Os atuais medicamentos para o tratamento
da dor podem ou não causar analgesia em alguns indivíduos. Além disso, eles
estão associados a efeitos adversos intoleráveis quando utilizados por tempo
prolongado. A promissora ação farmacológica das ω-toxinas da fração Tx3 obtida
do veneno da aranha Phoneutria
nigriventer no campo de pesquisa da dor tem sido, até o presente momento,
demonstrada de uma forma geral. Assim, este estudo tem como objetivo avaliar os
mecanismos de ação das toxinas da fração Tx3 obtida do veneno da aranha Phoneutria nigriventer sobre a via
nociceptiva trigeminal. Para isso, será realizada a mensuração de glutamato,
substancia P e CGRP por meio de ensaio imunoenzimático em perfusado de polpa
dental humana pré-tratada com as ω-toxinas derivadas dessa fração Tx3. Também,
será avaliado por microscopia confocal, o efeito do pré-tratamento com essas
toxinas no aumento da [Ca+2]i disparado por KCl
e capsaicina em cultura de neurônios do gânglio trigeminal de
ratos wistar machos submetidos ou não a constrição do nervo infra-orbital. Por fim, o nível de expressão de
múltiplos canais de cálcio ativados por voltagem em neurônios trigeminais, de
animais submetidos à constrição do nervo infra-orbital, será determinado por
western blot.
AVALIAÇÃO
MOLECULAR DE CITOCINAS NA DOENÇA DO ENXERTO CONTRA O HOSPEDEIRO EM PACIENTES
SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE DE CÉLULAS- TRONCO HEMATOPOIÉTICAS
Pesquisadores envolvidos: Renata Gonçalves
de Resende (doutorado), Natália Mendes de Matos Cardoso (iniciação científica),
Jeane de Fátima Correia-Silva (co-orientadora), Ricardo Santiago Gomez
(orientador)
O Transplante de Células-Tronco
Hematopoiéticas (TCTH) é estabelecido para o tratamento de diversas doenças
hematológicas ou de outros tecidos, insuficiências medulares ou outros
distúrbios congênitos da hematopoese. Complicações advindas do transplante são
observadas e descritas na literatura podendo ocorrer em todas as fases do
transplante. Uma das complicações que causa elevada morbidade e mortalidade é a
doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH). A DECH pode ser uma reação
catastrófica e fatal onde as células histocompatível imunocompetentes do
enxerto atacam o tecido do hospedeiro. Citocinas pró-inflamatórias e
antiinflamatórias têm sido associadas à mediação e regulação da DECH. Desse
modo, o conhecimento do estado de ativação das células T e de monócitos, além
da expressão de citocinas derivadas dessas células, possibilita o melhor entendimento
dos mecanismos biológicos envolvidos na ocorrência e na modulação da DECH após
o TCTH. O objetivo deste estudo é investigar o estágio de ativação de células T
e de monócitos em pacientes que apresentavam a DECH crônica, bucal e sistêmica,
através da análise da expressão de moléculas relacionadas à ativação, memória e
co-estimulação, assim como avaliar a produção das citocinas provenientes do
sangue periférico de pacientes que apresentam a doença. Serão incluídos neste
estudo, DECH crônica de pacientes submetidos ao alo-TCTH e pacientes controles
saudáveis. A análise fenotípica das células T e monócitos é realizada por
citometria de fluxo.
ESTUDO
DA PERDA DE HETEROZIGOSIDADE EM REGIÕES DE GENES SUPRESSORES DE TUMOR EM
LEUCOPLASIAS BUCAIS
Pesquisadores envolvidos: Thiago Fonseca
Silva (doutorado), Carolina Cavalieri Gomes (orientador)
Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS) a leucoplasia bucal (LB) é classificada como sendo a principal lesão potencialmente
maligna da boca. Neste contexto, estudos moleculares para rastreamento de
possíveis genes que possam estar envolvidos no processo de carcinogênese vêm
sendo alvo de várias investigações. Instabilidades genéticas são consideradas
fontes potenciais de alterações moleculares em diversos genes associados aos
processos de tumorigênese. Perdas somáticas em locus de genes supressores de
tumor estão associadas a diversos cânceres e podem indicar uma susceptibilidade
genética ao desenvolvimento do câncer. A perda de heterozigosidade (LOH) parece
estar associada com os processos de carcinogênese através de alterações do
padrão de expressão gênica ou mesmo nos eventos de inativação de genes
supressores de tumor. Recentemente foi sugerido que a LOH de algumas regiões
intergênicas poderia estar relacionada com a progressão das LB e
conseqüentemente dos processos de transformação maligna. Essas características
fazem destes mecanismos, alvos atrativos para a melhor compreensão dos eventos
de gênese do câncer de boca. O objetivo deste estudo é investigar a perda de
heterozigosidade (LOH) em marcadores localizados em regiões de genes
supressores de tumor em LB e sua associação com a gradação histológica destas
lesões.
AVALIAÇÃO
DA EXPRESSÃO DE MICRORNAS NA LEUCOPLASIA BUCAL E NO CARCINOMA DE CÉLULAS
ESCAMOSAS DE BOCA
Pesquisadores envolvidos: João Artur
Ricieri Brito (doutorado), Ricardo Santiago Gomez (orientador)
A leucoplasia bucal (LB) é a mais
importante lesão com potecialidade de transformação maligna da cavidade bucal.
A gradação de displasia epitelial na LB tem sido feita levando em consideração
os achados citológicos e histológicos, porém o padrão molecular de cada
parâmetro utilizado nessa gradação não está bem estabelicido assim como sua
implicação na transformação maligna da LB. MicroRNAs (miRNAs) são pequenas
moléculas de RNA não codificantes que possuem a função de regulação
pós-transcricional ou de degradação do RNA menssageiro. O objetivo do presente
estudo é investigar a associação de cada alteração citológica e histológica
usada para gradação da displasia bucal com a expressão de três miRNAs
potencialmente associados com a progressão do câncer bucal. A expressão dos
miRNAs é realizada através de Real-Time PCR (qPCR) em um conjunto de casos de
leucoplasia bucal com diferentes graus de displasia, um conjunto de casos de
carcinoma de células escamosas de boca e de mucosa bucal sem displasia.
28 de junho de 2012
Perda de heterozigosidade do gene PTCH em ameloblastoma
Você tem interessem em saber mais sobre ameloblastomas?
O ameloblastoma é
uma neoplasia benigna localmente agressiva derivada do epitélio odontogênico,
com altas taxas de recorrência. Alterações na via de sinalização Sonic
Hedgehog, incluindo mutações do gene PTCH, foram associadas à patogênese de
alguns tumores odontogênicos. Um estudo publicado em agosto de 2012 avaliou a perda
de heterozigosidade no locus PTCH no ameloblastoma. Doze ameloblastomas foram
incluídos e a perda de heterozigosidade foi avaliada usando 3 marcadores de
microssatélites (D9S252, D9S127 e D9S287) e 3 SNPs (rs112794371, rs111446700 e rs357564), todos localizados no locus do
gene PTCH. Além disso, foi investigado os níveis de transcrição GLI1 e GLI2 por PCR em tempo real em 8 ameloblastomas
e, concomitantemente, níveis de proteína PTCH por análise imuno-histoquímica. A
perda de heterozigosidade em 9q21.33-9q.31 foi detectada em 4 (40,0%) de 10
casos informativos de ameloblastoma. Todas as 8 amostras analisadas expressaram
RNA mensageiro GLI1 e 7 casos RNA mensageiro GLI2. Curiosamente, a perda de
heterozigosidade no locus PTCH não foi correlacionada com os níveis de
transcrição GLI1 ou GLI2, nem houve correlação com a expressão da proteína
PTCH. Em conclusão, os achados sugerem que a perda de heterozigosidade na
região 9q21.33-9q.31 pode ser relevante para a patogênese do ameloblastoma, mas pode
afetar um gene diferente do PTCH.
Leia o estudo completo:
- Farias LC1, Gomes CC, Brito JA, Galvão CF, Diniz MG, de Castro WH, Bernardes Vde F, De Marco LA, Gomez RS. Loss of heterozygosity of the PTCH gene in ameloblastoma. Hum Pathol. 2012;43(8):1229-33.
4 de junho de 2012
Ensaio clínico com erro metodológico leva a conclusões equivocadas.
Os autores do artigo abaixo realizaram ensaio clínico e randomizado sobre a eficácia e segurança do uso tópico de uma pasta contendo Amlexanox no tratamento do líquen plano erosivo, e fazem uma conclusão precipitada. Leia a crítica clicando aqui.
- Fu J, Zhu X, Dan H, Zhou Y, Liu C, Wang F, Li Y, Liu N, Chen Q, Xu Y, Zeng X, Jiang L. Amlexanox is as effective as dexamethasone in topical treatment of erosive oral lichen planus: a short-term pilot study. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol. 2012;113(5):638-43.
29 de abril de 2012
Ceratocisto Odontogênico
Você tem interesse em saber mais sobre o ceratocisto odontogênico? Então assista ao vídeo abaixo.
28 de abril de 2012
Mudando os paradigmas da educação formal
Este vídeo do canal da RSA no youtube é uma adaptação de uma palestra do Sr Ken Robinson, especialista em educação e criatividade, de renome mundial, e destinatário do prêmio Benjamin Franklin da RSA. Se você tem interesse em educação, assista.
26 de abril de 2012
Distúrbios hemorrágicos e o tratamento odontológico
A hemostasia é um processo fisiológico
complexo, que envolve mecanismos físicos (contração vascular) e químicos
(liberação de mediadores relacionados à coagulação). Os pacientes com desordens
hemorrágicas podem apresentar defeitos em qualquer um desses mecanismos. O
manejo do paciente que apresenta distúrbio hemorrágico depende, portanto, da
etiologia dessa condição.
A trombocitopenia é um importante
distúrbio relacionado à coagulação, caracterizada pela redução do número
de plaquetas no sangue. Quando
a quantidade de plaquetas é inferior a 150.000/mm³ diz-se que o indivíduo
apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). Pacientes com trombocitopenia
possuem maior tendência a apresentar fenômenos hemorrágicos (hemorragias).
A trombocitopenia tem como característica clínica o sangramento muco-cutâneo. O
sangramento geralmente envolve pequenos vasos superficiais e produz petéquias
na pele ou em mucosas. A trombocitopenia pode ter diversas causas:
trombocitopenia induzida por drogas, insuficiência da medula óssea,
hiperesplenismo (aumento de volume do baço que pode resultar em seqüestração e
destruição das plaquetas), púrpura trombocitopênica imunológica (PTI), púrpura
trombocitopênica trombótica (PTT), dengue, quimioterapia e/ou radioterapia,
álcool e trombocitopenia relacionada com a síndrome da imunodeficiencia
adquirida (SIDA). Alterações genéticas que acarretam trombocitopenia são raras.
Todos os pacientes odontológicos devem ser
avaliados em reação a possíveis distúrbios hemorrágicos rotineiramente. Na
história pregressa do paciente buscam-se informações sobre a presença de
equimose facial, ocorrência de epistaxe, sangramento menstrual intenso,
história de sangramento intenso após traumatismo ou cirurgia, inclusive
odontológica, e levantamento da história familiar sobre distúrbios
hemorrágicos. Além disso, o histórico sobre uso de medicamentos que influenciam
na coagulação sanguínea e abuso de drogas deve ser investigado. No exame físico
extra-bucal, o profissional deve avaliar se há presença petéquias ou equimose.
Já no exame físico intra-bucal, atenção dever ser dada a presença de pétequias
e equimoses na superfície da mucosa bucal, sangramento gengival espontâneo ou à
sondagem periodontal. Quando houver suspeita de alguma alteração relacionada à
coagulação, deve-se proceder a avaliação laboratorial, através de exames de
contagem de plaquetas (presente no hemograma), tempo de sangramento, tempo de
tromboplastina parcial (TTP) e tempo de protrombina (TP).
Para os pacientes sem alterações dignas
de nota à anamnese, no exame físico e nos exames laboratoriais, o tratamento
odontológico deve ser realizado no esquema habitual. Já para aqueles pacientes
em uso de medicamentos anticoagulantes ou ácido acetilsalicílico (AAS), com
distúrbios hemorrágicos conhecidos, como a trombocitopenia, o tratamento
odontológico eletivo deve ser evitado e a consulta com o médico é obrigatória.
Nos casos em que o tratamento
odontológico não pode ser adiado, emprega-se a transfusão de plaquetas, feito
por meio das unidades plaquetárias; cada uma dessas unidades que elevará a
contagem dessas células em cerca de 10.000/mm3 e deve ser
realizado cerca de 20 minutos antes do procedimento proposto.
No que se refere à administração de
medicamentos, também é importante evitar a administração de drogas que possam
comprometer a função das plaquetas restantes. O AAS e medicamentos que contenha
o AAS são os principais responsáveis por esse comprometimento.
Literatura
sugerida
- Henderson JM, Bergman S, Salama A, Koterwas G. Management of the oral and maxillofacial surgery patient with thrombocytopenia. J Oral Maxillofac Surg. 2001, 59(4):421-7.
- Levy JH, Dutton RP, Hemphill JC 3rd, Shander A, Cooper D, Paidas MJ, Kessler CM, Holcomb JB, Lawson JH; Hemostasis Summit Participants. Multidisciplinary approach to the challenge of hemostasis. Anesth Analg. 2010, 110(2):354-64.
- Sonis ST, Fazio RC, Fang L. Princípios e prática de medicina oral. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,1996. 491p.
Autora: Renata Resende (renatagresende@yahoo.com.br)
23 de março de 2012
Perda de Heterozigosidade e Leucoplasia
A
perda de heterozigosidade (loss of heterozygosity; LOH) é um fenômeno biológico resultante de variações
ambientais e/ou genéticas como instabilidades genômicas, incluindo não
disjunção mitótica e recombinação, perda cromossomal, mutação e deleção do DNA,
translocação e conversão gênica. Os estudos de LOH identificam mudanças na
dosagem de um alelo heterozigoto em relação ao outro alelo, em diferentes loci (ver figura abaixo). A análise em neoplasias é geralmente conduzida
com amostras pareadas normal/tumor. Esta análise identifica regiões de
LOH examinando alterações no status genômico de células normais com células
tumorais do mesmo paciente. Se a LOH acontece em um gene supressor de tumor e o
alelo remanescente sofre mutação, deleção ou silenciamento genético, este evento
leva a célula ao estado de hemizigose (uma alelo deletério e um deletado) ou
homozigose para o alelo deletério. A consequência deste estado pode ser a
inativação da função supressora de tumor, contribuindo para o desenvolvimento
de câncer ou metástase. Identificação de regiões de LOH aumenta o entendimento
dos mecanismos de formação de tumores, podendo facilitar o desenvolvimento de
marcadores de prognóstico genético e de alvos terapêuticos.
Atualmente,
técnicas moleculares bem estabelecidas e rotineiramente usadas para examinar
LOH incluem hibridização genômica, hibridização fluorescente in situ e reação em cadeia da polimerase
(PCR). Esta última abordagem analítica é baseada na amplificação por PCR de
sequencias polimórficas em locais estratégicos do genoma (marcadores genéticos) utilizando iniciadores
fluorescentes, seguido de análise dos picos do eletroferograma que foram
gerados pela presença dos produtos fluorescentes da PCR (ver figura abaixo).
Leucoplasias
orais apresentam com frequência LOH em alguns genes supressores de tumor. Esta
alteração é encontrada com maior frequência nas leucoplasias com displasias ou
atipias epiteliais intensas em comparação com as lesões sem atipia. Lesões que
exibem LOH em vários marcadores genéticos apresentam maior probabilidade de transformação
maligna. Entretanto, na análise individual, os marcadores genéticos não são confiáveis
como ferramentas para diagnóstico, porque mesmo lesões sem LOH podem sofrer
transformação maligna. É curioso também que a mucosa normal adjacente a
leucoplasia ou ao carcinoma pode também exibir LOH.
Figura. Curvas representativas da análise de perda de
heterozigosidade (LOH). O tecido normal é heterozigoto e apresenta dois picos (1 e 2) referentes a presença de dois alelos (a). As células tumorais que apresentam LOH
exibem perda de uma dos picos (b) ou redução de um deles (c). Uma
alteração na relação: (altura alelo 1 normal/ altura alelo 2 normal) / (altura
do alelo 1 tumor/altura do alelo 2 tumor)
que seja <0 .66="" ou="">1.5 é considerada LOH. 0>
Leitura complementar:
- Rosin MP, Cheng X, Poh C, Lam WL, Huang YH, Lovas J, Berean K, Epstein JB, Priddy R, Le ND, Zhang L. Use of allelic loss to predict malignant risk for low-grade oral epitelial dysplasia. Clin Can Res 2000;6:357-362.
- Smith J, Rattay T, McConkey C, Helliwell T, Mehanna H. Biomarkers in dysplasia of the oral cavity: A systematic review. Oral Oncology 2009;647-653.
Autores:
Marina Gonçalves Diniz (marinadiniz@gmail.com)
Ricardo Santiago Gomez
(rsgomez@ufmg.br)
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